terça-feira, 11 de maio de 2010

Encerra a Temporada do Espetáculo "As Tres Irmãs"

 Após duas semanas em cartaz, o espetáulo do Grupo Traço faz uma pausa nas apresentações.
Com casa cheia todos os dias, o premiado espetáculo sensibilizou e emocionou muitas pessoas. A seguir um trecho da critica escrita por Marco Vasques, que pode ser conferida na integra no blog: http://poetasnosingular.blogspot.com/

"(...) após assisti ao espetáculo As três irmãs, meu coração carregava orquestras inteiras e um coro de mil vozes tocando Bach. Uma das maiores alegrias é sair do teatro em estado de abismo absoluto. Ver essas meninas no palco é como dançar dentro do barril de Diógenes e reencontrar-se com o teatro. Tchekhov aprovaria cada linha adaptada, cada acréscimo feito. O espetáculo concebido por Marianne Consentino prioriza o conflito das três irmãs a partir do ser e seu estar-aí. É o tempo que escoa para o irrefutável. É a saudade de um lugar: um não-lugar. São as frustrações diárias e a busca cinzenta de olhar a luz. É a sensação de apenas estar-aí. Todos temas buscados da peça de Tchekhov, portanto, a adaptação é fiel ao conflito principal da peça original que consiste na investigação e na afirmação da indagação: este é o nosso mundo, esta é a nossa vida, estas são nossas crueldades, e agora? Que senda urdir? As três irmãs consiste num hino fúnebre à imobilidade da vida (tão semovente e escorregadia). É uma investigação profunda da existência e seu sentido, seu não-sentido. É a busca de uma luz e um caminho para a orientação dos sentidos dentro do tempo. As atrizes Paula Bittencourt (Irina), Débora Matos (Olga) e Greice Junqueira (Maria: Macha no texto original) se utilizam da linguagem do clown para nos iluminar com o humor negro e ácido que nos leva ao riso-desespero.(...)"

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